sexta-feira, 19 de junho de 2015

MULHERES NA POLÍTICA E A COTA DE GÊNERO. O QUE EU PENSO?


No dia 16 deste, a Câmara Federal deu continuidade a votação das propostas de uma “Reforma Política” tão propalada, esperada, mas, não contemplada ao anseio de uma boa parte da população que contesta pontos tais como financiamento privado, voto distrital e reeleição.

Ocorre que uma das oportunidades de se salvar alguma coisa foi perdida quando por 293 votos favoráveis e 101 contrários, uma emenda que pretendia estabelecer uma cota de até 15% de mulheres no parlamento brasileiro, foi derrotada. Como era matéria de emenda à constituição, necessários eram 308 votos favoráveis para ser aprovada. Partidos como o PT, PPS, PR, PSD, PC do B, PDT, PV e PSOL orientaram o voto SIM às suas bancadas. Demais partidos, liberaram seus deputados.

Manifesto-me favorável a esse tipo de cota, não de 15% apenas, mas de 50% de cota de gênero, 50% mulheres, 50% homens, pela simples razão de atualmente a legislação exigir que se obedeça cotas de número de vagas de mulheres inscritas na coligação e não se exigir que tal exigência abranja o total de eleitos. Por que uma regra para o antes e não para o depois? Como se pode exigir percentual de inscrição de mulheres e não se exigir o percentual de eleição de mulheres?

É tão fictícia a aplicabilidade desta regra, que as coligações, inserem por inserir, as mulheres e estas, por vezes, nem votadas são e quando são, tiram um, dois ou três votos...

Não resta sentido cobrar cotas antes e tampouco, não aplica-las depois. Simples assim e nossos representantes não consensuaram esse imbróglio.


Fico na torcida então, para que as mulheres busquem um espaço mais amplo nas casas parlamentares. Primeiramente, participando mais ativamente da vida partidária e colocando-se a disposição para as disputas que se estabeleçam, pois, “lugar de mulher” é também na política, representando os interesses de sua classe de gênero.